O novo coronavírus, designado por SARS-CoV-2 (Síndrome Respiratória Aguda Grave – Coronavírus – 2), foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019 na China, na cidade de Wuhan. A doença provocada por Coronavírus é conhecida por COVID-19.
Supõe-se que o SARS-CoV-2 tenha sido introduzido na espécie humana por transmissão zoonótica, ou seja, a partir de uma espécie animal. Contudo, a fonte da infeção é ainda desconhecida.40
O vírus não tem nacionalidade, idade ou género, por isso todos corremos o risco de contrair a COVID-19. Ainda assim, as pessoas que correm maior risco de doença grave por COVID-19 são os idosos e pessoas com doenças crónicas (ex.: doenças cardíacas e doenças pulmonares).59
80% dos casos de COVID-19 apresentam doença ligeira. Apenas 15% dos casos apresentam um quadro grave, com necessidade de internamento e 5% podem eventualmente precisar de cuidados intensivos com necessidade de ventilação.
A maioria dos óbitos são verificados nas pessoas mais idosas e com outras comorbilidades.122
A COVID-19 transmite-se pessoa-a-pessoa por contacto próximo com pessoas infetadas pelo SARS-CoV-2 (transmissão direta), ou através do contacto com superfícies e objetos contaminados (transmissão indireta).
A transmissão por contacto próximo ocorre principalmente através de gotículas que contêm partículas virais que são libertadas pelo nariz ou boca de pessoas infetadas, quando tossem ou espirram, e que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo.
As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada e, desta forma, infetar outras pessoas quando tocam com as mãos nestes objetos ou superfícies, tocando depois nos seus olhos, nariz ou boca.
Atualmente, estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 1 e 14 dias.40
Os sinais e sintomas da COVID-19 variam em gravidade, desde a ausência de sintomas (assintomáticos) até:40
Dados demonstram que o agravamento da situação clínica pode ocorrer rapidamente, geralmente durante a segunda semana da doença.
Nos casos mais graves, o doente pode desenvolver pneumonia grave, síndrome respiratória aguda grave, septicémia, choque sético e pode mesmo ser, eventualmente, fatal.40
O tratamento para a infeção por este novo coronavírus é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam e tem como objetivo proporcionar um maior alívio e conforto aos doentes.
Até à data, considerando o conhecimento científico atual e as recomendações da Organização Mundial da Saúde, as terapêuticas antivirais, anticorpos monoclonais e os imunomodeladores são algumas das estratégias terapêuticas apontadas como potenciais candidatos terapêuticos.40
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenção da doença.
Outras medidas efetivas de prevenção são a higienização das mãos, a etiqueta respiratória e a utilização de máscara.40