A doença meningocócica invasiva surge quando a bactéria meningococo se dissemina pelo organismo, causando infeções graves, como a meningite (infeção das membranas que envolvem o cérebro e a medula) e sépsis (infeção do sangue).2, 75
Em Portugal e na Europa, o meningococo do grupo B é o mais frequente.6
A transmissão ocorre de pessoa para pessoa através de secreções respiratórias (pela tosse ou espirro) ou contacto direto com fluídos corporais da pessoa infetada.
Alguns adolescentes e adultos jovens podem transportar a bactéria no nariz ou na garganta sem terem a doença, mas ainda assim serem capazes de a transmitir a pessoas suscetíveis.2, 21, 75
Dependem da idade, mas de uma forma geral, inicialmente são pouco específicos como a irritabilidade, perda de apetite, febre, náuseas, vómitos ou dor de garganta.
Mais tarde surgem sintomas como rigidez do pescoço, sensibilidade à luz e erupções cutâneas (tipo picada de alfinete ou nódoa negra).
Ao fim de 16h-24h podem surgir convulsões, confusão, inconsciência e falha de vários órgãos, podendo levar à morte. A evolução pode ser muito rápida, em apenas algumas horas.31
Na ausência de tratamento, a grande maioria das crianças com esta doença morre. Mesmo com tratamento adequado a mortalidade é de 10%.33
Entre as crianças que sobrevivem, 20% ficam com sequelas como perda de audição, cegueira, défices cognitivos, dificuldades na aprendizagem, paralisias, cicatrizes cutâneas extensas ou amputações de membros.33, 34
O tratamento é constituído por antibióticos e outras terapêuticas adjuvantes. Muitas vezes é necessário o internamento numa unidade de cuidados intensivos.33
A forma mais eficaz de prevenir esta doença é através da vacinação. Não existe nenhuma vacina que proteja contra todos os serogrupos.39
A vacina contra o serogrupo C está incluída no Programa Nacional de Vacinação desde 2006 e a vacina contra o serogrupo B está incluída desde 2020, apenas para crianças nascidas a partir de dia 1 de janeiro de 2019.39, 45, 91
A vacina contra os serogrupos A, C, W e Y é recomendada pela Comissão de Vacinas da Sociedade Portuguesa de Pediatria e Sociedade de infeciologia Pediátrica.39