A hepatite A é uma infeção aguda do fígado, causada por um vírus de RNA (ácido ribonucleico), do género Hepatovírus.60
A Organização Mundial de Saúde estima que a hepatite A foi responsável por cerca de 7.134 mortes em 2016 (representando 0,5% da mortalidade devida a hepatite viral).61
O principal modo de transmissão é por via fecal-oral, através da ingestão de alimentos ou água contaminados, sobretudo em viajantes, ou por contacto pessoa a pessoa.
A transmissão através de contacto sexual tem sido descrita, nomeadamente associada a surtos em homens que fazem sexo com homens.60
Os sintomas da hepatite A são: febre, mal-estar, náuseas, vómitos, dor abdominal, falta de apetite, urina escura e icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos).
A frequência de sintomas depende, em regra, da idade do doente. A infeção só é sintomática em 30% dos casos com idade inferior a 6 anos. Em crianças mais velhas e adultos a infeção provoca, geralmente, doença clínica em mais de 70% dos casos.60
As manifestações clínicas graves da infeção pela hepatite A são raras, embora possam ocorrer complicações atípicas, incluindo manifestações imunológicas, neurológicas, hematológicas, pancreáticas e extra-hepáticas renais.
Foram também relatadas complicações como hepatite recorrente, hepatite colestática A, hepatite A que desencadeia hepatite auto-imune, hepatite subfulminante e hepatite fulminante. A hepatite fulminante é a complicação rara mais grave, com estimativas de mortalidade que atingem 80%.62
Não existe tratamento específico para a hepatite A. A recuperação dos sintomas após a infeção pode ser lenta e pode demorar várias semanas ou meses.62
A forma mais eficaz de prevenir esta doença é através da vacinação. 60,61,62